Quem já teve a oportunidade de ler outros textos deste blog sabe o quanto eu gosto de música brasileira. Não gosto de Axé, não gosto de pagode, não gosto desta música sertaneja das duplas moderninhas. Gosto da música caipira feita pelas duplas tradicionais. Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, Tião Carreiro e Pardinho. Gosto, sobretudo, de samba. Do samba autêntico, de raiz, de verdade. O samba é a música que mais me emociona. É o samba que me fez gostar de bossa nova. É o samba que me faz gostar tanto da música brasileira. Música que eu gosto de ouvir e de conhecer.
Pouco interesse eu tenho pelo rock e pela música pop americana. Não dizem nada pra mim. Há uma música americana, entretanto, que me encanta. É aquela música feita nos anos 40 e 50. A dos grandes compositores e grandes cantores. As músicas de Cole Porter, dos irmãos Gershwim, de Irving Berlim, cantadas por Ella Fitzgerald, Tony Bennett e Frank Sinatra. Gosto muito de jazz.
Pouco interesse eu tenho pelo rock e pela música pop americana. Não dizem nada pra mim. Há uma música americana, entretanto, que me encanta. É aquela música feita nos anos 40 e 50. A dos grandes compositores e grandes cantores. As músicas de Cole Porter, dos irmãos Gershwim, de Irving Berlim, cantadas por Ella Fitzgerald, Tony Bennett e Frank Sinatra. Gosto muito de jazz.
Não sou um grande conhecedor desta música. Sou daqueles que conhece pouco além dos Standards. E é por isso que devorei o livro Tempestade de Ritmos, de Ruy Castro. É uma coletânea de textos, publicados numa infinidade de revistas e jornais brasileiros, desde a década de setenta até este nosso século, escolhidos e organizados pela escritora Heloisa Seixas. Quem já leu O Anjo Pornográfico, sobre Nelson Rodrigues, Estrela Solitária, sobre Garrincha e Carmem, sobre Carmem Miranda, sabe que Ruy é um excelente biógrafo. É um pesquisador incansável e até mesmo obcecado na busca de detalhes e da verdade. E quem já teve seu Chega de Saudade nas mãos, sobre a história da Bossa Nova, sabe o quanto ele gosta da música brasileira de qualidade, a mesma que me encanta.
Pois neste novo livro temos, tanto o repórter detalhista quanto o apaixonado por música. É uma verdadeira aula de jazz, onde ele fala desde ícones como Miles Davis e Louis Armstrong até gênios esquecidos ou desconhecidos, como Lionel Hampton ou Joe Mooney. Dividido por assunto, há até uma pequena reunião de textos sobre música brasileira.
Eu aprendi muito com o livro e, quanto mais aprendia, mais eu o devorava. E enquanto o devorava, ia dando aquela vontade louca de ouvir as músicas produzidas por aqueles personagens. Música de um tempo de glamour. De um tempo em que as guitarras elétricas ainda não tinham iniciado sua massacrante vocação de destruir nossos tímpanos. Tempo em que as músicas tinham mais que 3 acordes. Tempo em que as letras tinham alguma inteligência. Tempo que ficou pra trás.